Na Alemanha, foi recentemente publicado um livro intitulado “Os Sequazes de Hitler” cujo conteúdo está cheio de falsidades e alegações imaginárias da parte do autor, um extremista Judeu. Embora o livro ultrapasse as fronteiras da imaginação, o Canal 2 da Televisão Alemã pensou que isto ajustava-se para arejar alguns dos seus excertos. Um dos excertos clama que Hitler matou milhões de Judeus porque ele tinha estudado a História Islâmica e a experiência do Profeta Muhamad (pece) às mãos dos Judeus, e que há povos em que não se pode confiar. O autor diz que Hitler levou a cabo os seus massacres de Judeus com a ajuda de eruditos Muçulmanos, entre eles o falecido Sheikh Muhamad Amin Al-Husseiny, o então Mufti da Palestina.
O escritor depois acrescenta outra mentira quando diz que as organizações Islâmicas trabalham com os Neo-Nazis na Alemanha, na luta contra os Judeus.
Mas a extrema falsidade é quando o autor diz que Hitler era um “Muçulmano”, e autenticou este facto com a referência a um livro de Muhamad Jalal Kishl, em que diz, há uma lenda em que um homem viu Hitler à volta da Caaba e deu-lhe o nome de “Al-Haj Muhamad” Hitler. Finalmente, o autor coroa as suas acusações falsas e imaginárias dizendo que os Muçulmanos foram os únicos a ajudar Hitler, Mussolini e Franco a matar os Judeus.
Alguns Muçulmanos jornalistas na Alemanha tomaram as medidas necessárias para se oporem às atrozes alegações feitas no livro em questão de 435 páginas.
A verdade é que Hitler, quer no seu livro Mein Kampf (A Minha Vida), quer nas suas oratórias, nunca, sequer uma só vez, mencionou a História Islâmica, e nem conhecia a história e a cultura Islâmicas. Ele era simplesmente um pintor falhado e um cabo de guerra. No caso da alegada ajuda dos Muçulmanos naqueles massacres, os Muçulmanos na Alemanha daquela época não podiam ser mais que algumas dúzias, e foram aí ter por serem refugiados da guerra. Entre eles, estava Al-Haj Amin Al-Husseiny que fugia dos Britânicos. Nem estavam os Muçulmanos ao par do que estava a acontecer aos Judeus. O facto é que nenhum estrangeiro tinha a ver com as decisões tomadas por Hitler, nem mesmo o seu próprio povo e ministros não faziam ideia do que estava a acontecer no país.
Alguns dos próprios ministros de Hitler foram tomados pela surpresa com os julgamentos de Nuremberga quando viram fotografias e filmes dos campos de concentração em que os Judeus eram executados.
No que toca ao que diz o autor que as organizações Islâmicas estão agora a ter acordos secretos com os Neo-Nazis na Alemanha, o facto é que os Muçulmanos na Alemanha foram as primeiras vítimas do ódio e discriminação praticados pelos Neo-Nazis.
Mas, em relação à sua afirmação de que Hitler era um Muçulmano e que ele tinha visitado Makkah (Meca), é de chamar atenção que Hitler não tinha afiliação religiosa de qualquer espécie e oprimia mesmo os Cristãos. Ele acreditava que o Nazismo era a nova religião, e que era anti-Muçulmana (porque era discriminatória) e anti-Cristã também. Hitler nunca deixou o seu país para ir ao estrangeiro, excepto por uma breve visita de algumas horas a Paris quando as suas forças conquistaram a cidade. No caso de Mussolini, ele nunca matou Judeus. Ao contrário ele matou milhares de Muçulmanos na Líbia.