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Celebridades que admiraram o Islão (parte II)

Eis os excertos parafraseados de declarações feitas por últimas duas figuras que seleccionamos para esta edição, que são celebridades não muçulmanas que acreditaram em Deus e admiraram o Islão. Vejamos atentamente o que eles disseram:

PROF. ERNEST RENAN

Fazemos agora referência a um idealista: Ernest Renan nasceu em 1923 (1239 da Hégira) na cidade Treguier de França. O seu pai era capitão. Tinha cinco anos quando perdeu o pai. Foi criado pela mãe e pela sua irmã mais velha. Como a sua mãe queria que ele fosse um religioso, foi mandado para um colégio de padres na sua cidade natal. Aí, foi-lhe dada uma educação religiosa eficiente. O seu grande interesse pelas línguas orientais levaram-no a ter completo conhecimento das línguas árabe, hebraica e síria. Mais tarde entrou na Universidade, onde estudou filosofia. À medida que fazia progressos nas áreas educacionais e realizava vários pequenos estudos comparativos da filosofia alemã e da literatura oriental, observou algumas falhas no Cristianismo. Quando se graduou na Universidade em 1848, com 25 anos de idade, desafiava totalmente a religião cristã, e compilou os seus pensamentos no seu livro intitulado O Futuro do Conhecimento. No entanto, como o livro era de natureza rebelde, nenhuma gráfica ousou imprimi-lo, e só 40 anos depois, em 1890, é que o livro foi impresso.

A primeira objecção de Renan foi contra a crença de que Jesus (Issa a.s.) era o Filho de Deus. Quando foi nomeado professor de filosofia na Universidade de Versailles, começou gradualmente a explicar os seus pensamentos sobre este assunto. No entanto, só após ter sido nomeado professor de língua hebraica na Universidade do College de França, deu voz ao seu mais vigoroso protesto. Quando acabou a sua primeira aula teve a coragem de dizer: Issa era um ser humano respeitável, superior a todos os outros seres humanos. No entanto, nunca foi o filho de Allahu ta’ala. Esta declaração teve o efeito de uma bomba. Todos os cató- licos, e principalmente o Papa, se levantaram contra ele. O Papa excomungou oficialmente Renan diante do mundo inteiro. O governo francês teve de o demitir do lugar. No entanto, o mundo ressoava com as declarações de Renan. Várias pessoas estavam do lado dele. Escreveu livros, tal como Ensaios sobre a História das Religiões, Estudos sobre Crítica e Moral, Discursos sobre Filosofia e A Vida de Jesus, e os seus livros venderam-se como bolos quentes. Com isto a Academia Francesa aceitou-o como membro (em 1878). O governo francês também o convidou a voltar ao serviço e nomearam-no director do Colégio de França.

Renan investigou Issa a. s. como um ser humano na sua obra Vida de Jesus. De acordo com Renan Issa a. s. é um ser humano como nós. A sua mãe Maryam (Maria) foi prometida em casamento a um carpinteiro chamado Yusuf (José). Issa a. s. era um ser humano superior, tanto que as declarações que fez quando era criança eram uma fonte de espanto para muitos eruditos. Allahu ta’ala julgou-o merecedor de ser Profeta e deu-lhe a sua tarefa. Issa a. s. nunca disse que era o filho de Deus. Isto foi uma calúnia fabricada pelos padres.

LAMARTINE (Alphonso Marie Louis de):

Um dos poetas e homens de estado franceses universalmente conhecidos, Lamartine 1790-1896 (1204-1285 da Hégira) realizou viagens oficiais através da Europa e América, que lhe deram a oportunidade de ter estado na Turquia, no tempo do sultão Abd-ul-Majid Khan. Foi recebido de uma maneira absolutamente amigável pelo Padishah (Imperador Otomano). E foi também presenteado com uma quinta no Estado de Aydin (que fica na parte ocidental da Turquia). Vejam o que ele diz àcerca de Muhammad (a paz esteja com ele) no seu livro Histoire de Turquie (História da Turquia):

“Muhammad era um falso profeta? Não podemos pensar assim, depois de estudar as suas obras e a sua história. Pois a falsa profecia significa hipocrisia. Como a falsidade não tem o poder da verdade, também a hipocrisia não tem capacidade de convencer”.

“Em mecânica, o alcance de algo atirado depende da força do impulso. Na mesma medida, a força de uma certa fonte de inspiração espiritual é avaliada pelo trabalho que realiza. Uma religião (i.e. o Islão) que carregou um fardo tão pesado, que se expandiu a distâncias tão longínquas, e que manteve a sua força toda durante tanto tempo, não pode ser uma mentira. Tem de ser genuína e convincente. A vida de Muhammad; os seus esforços; a sua coragem ao atacar e destruir as superstições e ídolos no seu país; a sua bravura e valor ao enfrentar a fúria de uma nação adoradora do fogo; os seus treze anos a suportar vários ataques, insultos e perseguições infligidos em Mecca, entre os próprios cidadãos; a sua migração para Medina; os seus encorajamentos, pregações e conselhos; as guerras que travou contra forças inimigas esmagadoramente superiores; o seu espírito de vitória; a confiança sobrehumana que sentia em momentos das maiores aflições; a paciência, confiança e tolerância que ele mostrava mesmo na vitória; a determinação que mostrava ao convencer outros; a sua devoção sem fim nas orações; as suas comunhões sagradas com Allahu ta’ala; a sua morte, e a continuação da sua fama, honra e vitórias depois da sua morte; todos estes acontecimentos factuais (e muitos outros não contados) indicam que ele não era, de maneira nenhuma, um mentiroso, mas, pelo contrário, possuidor de uma grande crença”.

“Era esta crença e esta confiança no seu Criador que o faziam levar avante o credo de duas fases: a primeira fase consistia na crença de que ‘há um Ser Eterno, que é Allah’, e a segunda fase inculcava que ‘os ídolos não são deuses’. Na primeira fase ele informava os árabes da existência de Allahu ta’ala, que é único e que eles não conheciam até essa altura; e na segunda fase ele tirava-lhes das mãos os ídolos que eles consideravam deuses até essa altura. Resumindo, de uma só vez quebrava os falsos deuses e ídolos e substituía-os pela crença em ‘Allah Único'”.

“Este é Muhammad (s.a.w.), o filósofo, o orador, o profeta, o legislador, o guerreiro, o encantador dos pensamentos humanos, o que realizou os novos princípios da crença, o grande homem que estabeleceu vinte gigantescos impérios mundiais e um grande império e civilização do Islão.”

“Que todo o critério usado pela humanidade para julgamento e avaliação da grandeza seja aplicado. Encontrar-se-á alguém superior a ele? Impossível”.

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