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Globalidade do Islão

Por: Mohamed Yussef Pereira (da cidade invicta do Porto)

Como sabem os mais interessados, após os famosos “Two Treatrises Of Governement” de John Lock e posteriormente o “De L’Esprit Des Lois” de Montesquieu desenvolveu-se a doutrina (dos poderes separados), que aliada às ideias liberais da época, se opuseram ao absolutismo monárquico, que teve na figura de Luís XIV o seu auge. Era famosa sua máxima “L’Etat cést moi” que correspondia à dos reis Stuarts, “Rex est lex”.

Esta doutrina, segundo Montesquieu, tinha por objectivo o controlo do poder, subdividindo-o. As suas influências abarcaram a constituição americana em 1787, e posteriormente, a revolução francesa em 1789, e a sua primeira constituição em 1791, fazendo escola até aos nossos dias, e estando, por detrás das actuais democracias ocidentais e do pensamento dos seus teóricos, que afirmam, que a simbiose entre a religião e a política é nefasta.

No Islão não existe separação nem qualquer conflito contra a atitude religiosa, política ou social. O Islão estipula para o crente um modo de vida baseado no bem (Ma’rufat), expurgado de todos os males (Munkarat), e propõem uma ordem social, que tem como seu fim, a efectivação do Reino de ALLAH (DEUS) sobre a terra.

La Iláha il’ALLAH – Não há outra divindade senão Deus. ALLAH (S.T.) é o Criador, o Rei e Único Senhor do Universo, e a soberania é um direito, que só a Ele Lhe pertence (Tawhid), o homem é somente seu delegado e seu servidor terreno.

Foi também o próprio Profeta Muhammad (s.a.w.) que planeou e criou o primeiro Estado Islâmico em Medina, fazendo jus à necessidade intrínseca da Lei Islâmica (Charia), que exige a criação de um estado Islâmico. Muhammad (s.a.w.) foi Khatam-un-nabiyyin (o último da cadeia dos verdadeiros Profetas), e foi também, chefe de estado, general, juiz, pedagogo no sentido mais modesto da palavra, pois com a revelação do Alcorão e o exemplo da sua vida (Riçalat), ensinou-nos como nos devemos conduzir neste mundo.

É na integridade da execução das leis de Allah (S.T.), e na imitação da vida exemplar do Profeta Muhammad (s.a.w.) que nós, homens representantes elegidos por Allah (S.T.) sobre a terra, somos chamados a exercer a autoridade (Khilafat). Não se é Muçulmano só quando se visita a Mesquita (ár. Maçjid) para a Oração (ár. Salat), mas sim quer se esteja só, com a família, em sociedade, no trabalho, no descanso, nos negócios, na governação, na alegria e na dor. Um muçulmano deve-o ser de corpo inteiro, em qualquer parte, em qualquer situação. Não se pode ser Muçulmano só às vezes e nem por partes. Um Muçulmano não molda a palavra de ALLAH (S.T.) à sua vontade, mas sim, a sua vontade à palavra de ALLAH (S.T.) que é Universal, Intemporal e Intocável.

A grande verdade, incomensurável e indivisível, que assusta a grande maioria dos políticos ocidentais ou ocidentalizados, que lavram no erro da prepotência de se julgarem culturalmente mais avançados, embora, seja notório o seu profundo desconhecimento do Islão; julgam assim, pela rama e destorcidamente, algo que lhes é estranho, baseados nos seus próprios padrões culturais, materialistas, humanos e falíveis, o ISLÃO, Mensagem de Deus (Allah S.T.).

A ousadia da ignorância é uma estrada de equívocos, as suas críticas e os seus medos infundados, resultam de muitos dos seus interesses serem menos claros e da duplicidade do seu carácter, que foi moldado sobre a especulação e a baixa política, inerente à própria sociedade da qual fazem parte e da qual são muitas vezes os seus próprios construtores e pontos de referência. (…)

As grandes potências ocidentais sustêm todo o poder nos seus monopólios neoesclavagistas e na força bélica das suas armas de destruição macíça; o poder invencível dos Muçulmanos resulta do amor que constroem em seus corações na doce submissão votada às Leis de ALLAH (S.T.). O caos não pode vencer a ORDEM; o mal não pode exterminar o BEM.

Na política Islâmica os meios não são independentes dos fins. Só as boas acções produzem boas obras. Allah (S.T.) disse no Alcorão: “Não criei os génios e os humanos senão para me adorarem.” (51:56)

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