A Arte de tecelar tapetes sempre foi um hábito nómada, no entanto foi “adoptada” pelos Povos sedentários Muçulmanos, como também pelos não Muçulmanos.
A necessidade dos Nómadas fez com que eles “inventassem” artefactos para preencher as suas necessidades, um bom exemplo é os tapetes…
Esta arte no povo Nómada, sempre foi associada ás mulheres: as mulheres fiam e tecem formas de tapetes em lã dos rebanhos de ovelhas que os homens cuidam, e encontram tintas naturais nas plantas e insectos e no meio que as rodeiam, o produto final é essencial para quem vive em tendas…
No entanto os tapetes para os Povos Sedentários foram e são utilizados para fins diferentes: cobrir áreas sagradas dos Santuários e Mesquitas, decoração, exibir as riquezas e no passado para mostrar o bom gosto dos mercadores e Príncipes.
Exemplos de nós
Ghiordes Persa Sumak Kelim
A diferença que existe entre a vida Sedentária e a Nómada, de forma alguma reflecte-se nos padrões criados, porque qualquer um deles era e é extremamente rico e variado, das formas estilizadas aos desenhos geométricos até aos tapetes produzidos para a Oração, e às composições quase que “reais” de seres vivos tais como: humanos, animais e flores.
Os principais focos de produção de tapetes no Mundo Islâmico são: Irão, Sul da Ásia, Turquia, Cáucaso e a Ásia Central.
O Irão manteve a tradição artesanal das suas tribos Nómadas, como por ex: Qashqai, Lur e Bakhtiari. O mais alto nível artístico foi conservado representado autênticas “peças teatrais” de caça, vasos e jardins, de princípios do período Sefévida, altura em que os melhores pintores da Realeza tiveram um papel crucial no desenho.
As condições climatéricas do Sul da Ásia não deu azo para que se “cultivasse” a Arte de fazer tapetes, como nas terras secas e altas do Irão e da Ásia Central, os Mongóis ao invadirem este território, não encontraram qualquer tradição desta Arte. Akbar, (Imperador Mongol) não se conformou com este facto e para que a grandeza Mongol não fosse relegada para segundo plano em prol para os Sefévidas, mandou vir 200 Artesãos Iranianos e “impôs” a Arte de fazer tapetes em Lahore (Actualmente, uma Cidade Paquistanesa). Tal como os pintores vindos do Irão para os estúdios de Fatehpur Sikri (Actualmente, uma Cidade Indiana), rapidamente assimilaram os estilos artísticos indígenas.
Os tapete Turcos “transpiram” a austeridade e os Ideais Religiosos do Império Otomano, o espírito de Cruzada está quase sempre presente. No entanto no Séc. XVIII tenham começado a surgir padrões com flores estilizadas, especialmente túlipas, muito por “culpa” de influências Europeias. Os tapetes mais exuberantes foram os de Uskak e os de Ghiordes , a excelência em tapetes para Oração, em que os bordos representam os sete jardins do Paraíso.
Os tapetes do Cáucaso são únicos, os seus desenhos quase sempre geométricos, são o reflexo das suas gentes de variadas línguas e tradições diferentes.
A Ásia Central, foi influenciada pela China, sendo os mais famosos os de Bhukara e Samarkand.