Um motivo arquitectónico tipicamente Islâmico é o das muqarnas (do Grego koronis, cornija), que originalmente serviam para ligar a calote da cúpula ao quadrado que a sustentava, através de nichos angulares, ou de aberturas.
Estas foram depois transformadas numa série de nichos com alvéolos e estalactites, obtendo-se um efeito muito decorativo. O motivo das muqarnas veio a ser usado num sentido exclusivamente ornamental, e já não funcional, também nos capiteis e nas bases das colunas, nos intradorsos dos arcos e até (virado) no exterior das cúpulas. Na Síria e no Egipto, era construído em pedra e na Pérsia em barro. Pouco difundido no Ocidente Islâmico, no Oriente teve uma larga difusão.
Estes elementos de base foram depois variados, em conformidade com as zonas e as tradições, sobretudo no que respeita aos materiais utilizados: tijolos secos ao Sol (Iraque), pedra em bruto ou aparelhada (Índia, Turquia, Síria, Egipto), tijolo cozido (Ásia Central, Marrocos), madeira (Índia, Indochina) e cerâmica (Irão). Também as ornamentações assumiram formas diferentes, conforme as zonas: desde superfícies de tijolos varialvelmente dispostas, de maneira a imitarem entrelaçados de vimes ou a formarem desenhos geométricos e inscrições (Norte da Ásia), à cobertura em mosaico ou ladrilho de cerâmica (Irão), ou ainda em lâminas de vidro (Turquia), da pedra aparelhada e esculpida (Egipto) aos mármores com embutidos de mármore ou de pedras (Índia).
O grande Minarete de Deli (Índia), mandado erguer pelo conquistador Qutb Al-Din, ao lado da Mesquita Quwwat Al-Islam, hoje destruída. O enorme minarete começou a ser construído a partir de 1199. um belo exemplo do estilo Indo-Islâmico, deriva da sobreposição de três torres funerárias seldjúquidas, com varandins muito salientes que se apoiam sobre muqarnas; os últimos pisos foram acrescentados posteriormente. As faixas do minarete aparecem-nos ricamente decoradas com arabescos de motivos florais e caligráficos, frases do Alcorão e ornatos Indianos.
O tipo de organização social Islâmica deu lugar a uma série de edifícios com carácter fixo. No que toca à arquitectura civil, os palácios dos soberanos foram construídos inicialmente, na época Omeiade, no deserto, segundo uma planta com pátio interior. Com os Abássidas, vieram a ser construídos nas cidades e foram muitas vezes agregados às Mesquitas, mantendo, geralmente, a planta com pátio interior. A partir da época Safávida, foram constituídos por uma série de pequenos pavilhões, inseridos num jardim. Outros edifícios civis são os locais de acolhimento para repouso, ou caravansarais (han ou khan), construídos nos locais de paragem e muitas vezes fortificados, os banhos (hamman), os hospitais públicos (maristan) e os bazares ou mercados cobertos (suq), que eram conjuntos delimitados, contendo também as lojas dos mercadores e que fechavam durante a noite. As casas de habitação, eram, pelo contrário, diferentes segundo a localidade, condições climáticas e tradições locais.