Descrição
Existe uma tradição bastante antiga de diálogo inter-religioso. Em épocas diferentes, ao longo da história e em contextos muito diversos, as pessoas que pertenceram a diferentes religiões realizaram intercâmbios religiosos tentando se entenderem melhor; eles tiveram êxito na hora, de ganhar o respeito do outro e conseguiram não apenas viver, mas tam-bém trabalharem juntos, compartilhando esforços e comprometimento.
Hoje, sentimos a necessidade de participar ainda mais desse processo, uma vez que o pluralismo religioso das sociedades ocidentais torna essencial o conhecimento mútuo. Ao mesmo tempo, desenvolvimentos técnicos mudaram a nossa visão de mundo, e as imagens diárias de sociedades e costumes dife-rentes dos nossos despertam a nossa curiosidade.
De forma mais dramática, actos de violência são praticados em nome da religião, o que desafia a nossa consciência: como esse horror pode ser justificado em nome da religião? Como podemos entender isso? Como devemos evitá-lo?
De facto, a responsabilidade das pessoas que participam do diálogo entre religiões é de dupla importância: sejam espe-cialistas ou simples membros de um grupo religioso, é vital que eles desempenhem o papel de mediadores entre os seus parceiros de diálogo e seus correligionários. Trata-se de ouvir a outra parte, desafiar e questionar dentro da própria comuni-dade, informando, explicando, aprendendo, se necessário.
— “É necessário aceitar-se um ao outro na sociedade, como fizeram São Francisco de Assis e o Sultão Al-Kamil, para promover uma coexistência pacífica”. – Dom Sebastian Francis Shaw – arcebispo de Lahore – Paquistão.