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Descrição do Profeta Muhammad (s.a.w.)

Fonte: Orden Sufi Yerrahi al Halveti (Buenos Aires – Argentina); Versão portuguesa: M. Yiossuf Mohamed Adamgy / Al Furqán (Portugal)

Alocução feita, por M. Yiossuf M. Adamgy, director de Al Furqán, no Darul Ulum Cadrya Ashrafia de Odivelas, na passagem da noite comemorativa do nascimento do Profeta Muhammad (Maomé), paz esteja com ele – (14/02/2001.

O Leão de Allah, o venerável Ali ibn Abî Tâlib, e mais quinze dos Companheiros (r.a.), transmitiram esta descrição do Mensageiro Eleito, Muhammad Mustafá (s.a.w. = que a paz e as bênçãos de Allah estejam com ele):

Quanto ao carácter e ao comportamento, foi o mais perfeito dos seres humanos. Todos os grandes Profetas foram fisicamente perfeitos e de lindo rosto, mas o bem-amado de Allah foi o mais lindo de todos.

– O seu casto corpo era bonito, os membros bem proporcionados e a figura sumamente atractiva.

– A testa larga e o peito amplo, bem como as palmas e o espaço entre os ombros.

– O pescoço, longo e gracioso, era como a prata pura.

– Os ombros e braços eram robustos e maciços, enquanto os pulsos eram estilizados.

– Os dedos eram bastante longos, e um pouco grossos, como também as mãos.

– O ventre, abençoado, não era gordo e não sobressaía debaixo do peito.

– Os peitos do pé eram arqueados, não aplanados.

– Sendo de meia altura, estava bem formado, poderoso e forte. Não era demasiado magro, nem tinha sobrepeso, mas um bom peso médio.

– Quanto à pele, abençoada, era mais macia do que a seda.

– A cabeça, grande, a testa, arqueada, e o nariz, direito, estavam em perfeito equilíbrio. O rosto era mais oval do que circular, nem demasiado gordo nem demasiado redondo nas bochechas.

– As sobrancelhas estavam juntas, mas não se tocavam no meio. Entre elas havia uma veia que costumava encher-se e sobressair quando se entristecia. As pestanas eram longas e os olhos negros, bonitos e grandes. No branco dos olhos havia uma tintura coloração vermelha. A coloração era clara, nem tão branca como o giz nem suficientemente escura para ser moreno. O resplendor que brilhava no rosto, abençoado, era de um branco cor-de-rosa macio, brilhante e reluzente.

– Os dentes eram brilhantes como pérolas; os frontais cintilavam enquanto falava e, quando sorria, a boca, abençoada, irradiava clarões como de um requintado relampejo.

– Quando deixou crescer o cabelo, cresceu até ultrapassar os lóbulos das orelhas. A barba era espessa e abundante. Não era longa, mas o suficiente para a segurar com o punho da mão. Quando partiu para o mundo da Eternidade, o cabelo e a barba havia pouco que começaram a tornar-se cinzentos.

– O corpo estava sempre limpo e tinha um doce perfume. Quer perfumando-se, quer não, a pele cheirava melhor do que o mais fino dos perfumes. Qualquer um que lhe desse a mão podia perceber a sua agradável fragrância durante o dia inteiro. Uma criança cuja cabeça fosse acariciada com a sua mão, abençoada, podia-se distinguir das outras pela deliciosa fragrância.

– No momento do seu nascimento, ele veio ao mundo limpo e impecável e naturalmente circuncidado. Nasceu com o cordão umbilical já cortado, e os seus sentidos eram excepcionalmente agudos. Podia ouvir a grande distância e podia ver mais longe do que qualquer outro.

– Todos os seus movimentos eram suaves. Quando ia a alguma parte, fazia-o serena e pausadamente, sem se desviar nem para a direita nem para a esquerda, com passo enérgico e raso. Podia parecer que estava a passear, mas aqueles que dele se aproximavam ficavam para trás, ainda que caminhassem rápido. Havia luz e doçura no seu rosto, abençoado, e fluidez e encanto na sua fala.

– A linguagem era clara e eloquente e se exprimia com extraordinária lucidez. Nunca falava desnecessariamente, e em tudo o que dizia havia sabedoria e bom critério. Sempre se dirigia às pessoas no nível da sua compreensão. O seu rosto sorria e as suas palavras eram doces. Nunca disse uma má palavra a ninguém, nem tratou mal ninguém. Jamais interrompia ninguém. Era afável e humilde. Nem tinha mau carácter, nem era grosseiro. Mas era sério e imponente. O seu riso era um sorriso. Uma pessoa que o visse imprevistamente ficava cheia de admiração e de respeito reverente.

– Qualquer um que desfrutasse da sua companhia e amizade chegava a amá-lo com toda a alma e coração. Respeitava os virtuosos. Tratava os familiares com grande respeito; não obstante, nunca os preferia àqueles mais honráveis do que eles. Assim como tratava com bondade os membros do seu grupo familiar e os seus companheiros, assim tratava, com a mesma graça e gentileza, também as outras pessoas.

– Era muito bom com os empregados. Oferecia-lhes o mesmo que ele comia, e partilhava as suas próprias roupas. Era generoso, amável, terno e compassivo, valente e tolerante. Inamovível no compromisso e na promessa, era fiel à sua palavra, superior a todos na bondade de carácter e na excelência mental, digno de toda a classe de elogios e comendas. Todo o louvor dava-o a Deus.

Resumindo: tinha uma forma linda, um carácter perfeito, era um ser feliz e abençoado, como nunca nenhum outro foi nem será criado igual; que Allah o abençoe e lhe dê paz.

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Mensagem de Al Furqán por ocasião da celebração do Nascimento do Profeta Muhammad (s.a.w.)

Al Furqán

Os muçulmanos comemoram, hoje, 15 de Fevereiro de 2011 / 12 de Rabi-al-Awwal de 1342, o Maulid Nabi, ou seja o nascimento do Profeta Muhammad (Maomé), a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele.

Prezados Irmãos,
Assalamu Alaikum:

Esta comemoração é, actualmente, seguida pela maioria das Comunidades Muçulmanas do Mundo como uma forma de recordar quem trouxe a última Mensagem Divina e cultivou o ser humano a melhorar a sua vida e o seu carácter.

É certo que ainda há alguns grupos muçulmanos que não comemoram este evento, considerando-o alheio à Sunna do Profeta (s.a.w.), por este não ter celebrado o seu próprio nascimento, argumento que resulta insuficiente para a maioria dos muçulmanos que constitui, actualmente, a Ummah e que considera o Maulid Nabi como um dia especial que nos perpetua com a baraka de Muhammad (s.a.w.).

Evidentemente que os grupos que não comemoram este evento, consideram-no uma bi´dat, ou seja uma inovação inadmissível, e criticam sobretudo as práticas das confrarias sufitas que levam a cabo, durante esta comemoração, nomeadamente a prática de zikr, recitação de poemas, cassidas, na’tes em louvor ao Profeta Muhammad (s.a.w.).

Allamah Suyuti, grande erudito islâmico do séc. XVI, depois de analisar a história da celebração de Maulid Nabi, chegou a conclusão de que se trata de uma bi´dat hássana (uma inovação saudável, acertada e necessária) e, como tal, lícita.

E a verdade é que se trata de uma comemoração grandemente praticada não só em todos os países islâmicos mas, também, em todo o mundo onde haja muçulmanos, por ser uma ocasião para recordar, compartilhar e passar à nova geração o melhor que há da tradição profética, o amor em relação ao Profeta Muhammad (s.a.w.) e em relação a todos os Profetas anteriores (a.s.).

A Al Furqán felicita todos os muçulmanos e muçulmanas da Ummah neste dia tão querido para nós, e, também, a todos os seres humanos deste Universo para que a sua misericórdia alcance a todos.

Wassalam.

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Al-Mawlid Annabawi – O Nascimento do Selo dos Profetas

Por: M.Yiossuf Adamgy

Prezados Irmãos, Assalamu Alaikum:

é com imensa alegria que recebemos a celebração do nascimento do Profeta (s.a.w.), facto comummente designado por Al-Mawlid Annabawi.

Desde há séculos que os Muçulmanos celebram o nascimento do Profeta Muhammad (s.a.w.), o último Mensageiro do Islão, em quase todos os países do Mundo. Este é para eles um acontecimento de extrema importância; trata-se do momento precioso para invocar a vida e o comportamento maravilhosos deste feliz eleito de Deus. (1) Para além disso, muitos são os Muçulmanos que aproveitam a altura para renovar o seu pacto, o seu amor e a sua visão relativamente ao Profeta (s.a.w.) e à sua Suna.(2) O amor do Profeta (s.a.w.) não faz senão que aumentar o regresso à religião, que é detectável a olho nu por todos os observadores.

Para nós, ricos em experiências são os acontecimentos relativos ao seu nascimento, ao seu contexto familiar e à sua primeira infância, e dos quais apresentamos a seguir um breve resumo.

O ANO DO ELEFANTE

O elefante ajoelhou-se, recusando-se a avançar. Abrahah, chefe de um exército temível e furioso, construíra uma enorme Igreja em Sanaa no Iémen, e vinha agora para destruir a Santa Ka’aba de Meca, na ideia de edificar uma nova Ka’aba. Subitamente, um bando de pássaros enviados por Deus aparece e atira-lhes pedras,(3) que os trespassam como setas, fazendo-os tombar. O acontecimento desta viagem do elefante chama a nossa atenção para a nobreza da Ka’aba, a Casa de Deus, ocorrência, essa, que teve lugar cerca de cinquenta dias antes do nascimento do Profeta (s.a.w.).

A GENEALOGIA DO PROFETA (S.A.W.)

Muhammad (s.a.w.) nasceu em Meca, na manhã de uma segunda-feira, décimo segundo dia do mês de Rabi’-Al-Awwal,(4) por volta de 571 D.C., filho de Abdallah e de Aminah bint Wahb.(5) Era membro da tribo dos Banou Hachim, cujas raízes provinham da linhagem dos Árabes Adnan. Assim sendo, tratava-se de uma família nobre de Meca em primeiro grau.

A sua genealogia, conforme rezam as crónicas, (6) é a seguinte: Muhammad é o enviado de Deus, sendo filho de Abdallah, filho de Abdelmottalib, filho de Hachim, filho de Koussaie, filho de Kilab, filho de Mourrah, filho de Kaab, filho de Louae, da linhagem de Ismael, filho de Abraão, servo devoto de Deus.

Por conseguinte, a sua árvore genealógica é pura, não conspurcada por qualquer acto de incesto ou adultério (7).

Abdallah, pai de Muhammad (s.a.w.), era famoso pela sua pureza e bons hábitos. Faleceu, estava a sua esposa grávida, aquando de uma viagem de negócios a Medina (8).

O NASCIMENTO DA LUZ BRILHANTE

Quando Aminah bint Wahb deu à luz, Abdelmot- talib, avô do Profeta (s.a.w.), encheu-se de alegria, tendo celebrado o seu nascimento. O nome por ele escolhido foi “Muhammad”.

“Espero, disse Abdelmottalib, pela graça de Deus, que ele seja louvado e glorificado no Céu por este nome, e que o seja também na Terra” (9)

A mãe do Profeta (s.a.w.) não sentiu quaisquer dores de parto e ele nasceu já circuncidado. Os Anjos lavaram-no de toda a mácula e marcaram-no nas costas, entre os ombros, com o selo da profecia.

Nesse mesmo instante, uma luz brilhante iluminou todas as regiões circundantes, o fogo sagrado dos Persas, acesso desde há mil anos, apagou-se, como que por encanto.

A PRIMEIRA INFÂNCIA E A FENDA NO SEU PEITO

Os primeiros anos de vida do Profeta (s.a.w.) foram passados ao lado da mãe, Aminah. Era hábito entre os habitantes de Meca confiarem as crianças de tenra idade a amas beduínas. No entanto, visto tratar–se de uma criança órfã e de poucas posses, ama alguma pretendia cuidar dele. Por não pretenderem regressar de mãos vazias, Halima e o seu marido aceitaram ficar com o bebé.

“Aceitamo-lo! Talvez Deus nos abençoe e a Sua bênção regresse à nossa tenda.” (10)

De facto, a prosperidade não mais abandonou a tenda deste casal.

Consciente desta bênção e dois anos após ter aceite cuidar de Muhammad (s.a.w.), Halima suplicou à mãe dele, Aminah, a qual pretendia o filho de volta, para que o deixasse ficar por mais alguns anos. Foi nesta altura, e antes de Muhammad (s.a.w.) ter completado o seu terceiro ano de vida, que ocorreu um incidente deveras importante. Um dia, um irmão de leite do Profeta (s.a.w.), muito assustado, correu para junto dos pais e informou-os que pessoas vestidas de branco tinham agarrado Muhammad (s.a.w.), o tinham deitado no chão e aberto o seu peito. Os pais correram para junto do Profeta (s.a.w.) e encon- traram-no pálido e com os olhos fixos no Céu. Questionado sobre o que sucedera, ele disse-lhes que dois homens vindos do Céu abriram-lhe o peito, retira- ram-lhe o coração, removeram um coágulo negro (a parte pertencente a Satanás) e tornaram a meter-lhe o coração no peito, depois de o ter lavado com a água de Zamzam (11), da qual sentia ainda a frescura (12).

Halima ficou de tal forma assustada, que entregou a criança à mãe.

Aos seis anos, Muhammad (s.a.w.) ficou órfão de mãe, falecida no caminho de regresso após ter visitado o túmulo do marido, Abdallah, nas proximidades de Medina. A tutela da criança passou, então, para o benevolente avô. Mais tarde, aos oito anos, Muhammad (s.a.w.) perderia o avô e passaria a estar sob a tutela do tio, Abou Taleb, com o qual trabalhava como pastor de modo a contribuir para o magro orçamento familiar.

Maravilhoso é este relato, ainda que breve, e feliz é aquele que souber beneficiar por sentir com o coração, a palavra e o gesto o seu amor para com o Profeta (s.a.w.).

AMAR E SEGUIR SIMPATICAMENTE O PROFETA (S.A.W.)

Toda a comunidade Muçulmana (a Ummah) honra o Profeta (s.a.w.) e sente por ele um respeito imenso.

Todo o Muçulmano carrega no seu coração e no seu espírito uma parcela não negligenciável deste amor para com a pessoa do Profeta (s.a.w.), deste afecto, e guarda na memória várias recitações das suas sábias palavras ou de episódios da sua vida.

Os eruditos, pela sua ciência e pelo seu envolvimento na Escritura, contribuíram para a redacção da história da sua vida (13), para a compilação dos seus Hadices e, inclusive, para a consagração de poemas em seu louvor. Não lhes escapou pormenor algum da vida do Profeta (s.a.w.) e nem personalidade alguma da história humana retém tanta atenção ou “historicidade”, tanto amor e tanto acompanhamento. Ao longo dos séculos, os Muçulmanos têm recitado o Alcorão e ensinado aos seus filhos a vida do Profeta Muhammad (s.a.w.), tal como também eles a aprenderam.

é dever de todo o Muçulmano expressar este amor; de facto, é esta a melhor forma de aceder à transcendência. Se a companhia efectiva lhe falta, a companhia espiritual (a Sohba) (14) está sempre disponível, de dia e de noite, e isto até ao fim da vida na Terra. Muçulmano algum sentirá cansaço por relatar a sua vida ou as suas “máximas” sábias e inigualáveis que, para além do mais, revelam tratar-se de um Enviado de Deus.

Meditemos neste Hadice, da mais alta importância, esquecido nas compilações de Ahadices, e que resume o respeito e a afeição que devemos ter para com esta pessoa, que eu classificaria de “pureza universal”.

O Profeta (s.a.w.) disse: “Quando verei eu os meus irmãos?”. Não somos nós teus irmãos? “Vós sois os meus Companheiros e os meus irmãos são aqueles que acreditam em mim sem nunca me terem visto.” (15).

O Profeta (s.a.w.) encarna a Mensagem que transmitiu à Humanidade para a retirar das trevas, em direcção à luz (16). Deus quis que o Seu Enviado encarregue desta missão fosse um homem detentor das mais elevadas qualidades. O Mensageiro permanece, no entanto, um ser humano, pelo que é, e em todas as circunstâncias da sua vida, um modelo. Em todo o caso, não devemos privarmo-nos desta fonte inesgotável, pois isso seria uma perda.

Para além do mais, o espaço de que aqui dispomos é demasiado pequeno para uma personagem tão grandiosa que, na verdade, merecia sessões regulares em torno do nosso Bem-Amado.

Mas, seguidamente, escutemos com atenção as palavras, tanto de Deus, como do Seu Enviado, as quais superam qualquer outro discurso…

Deus disse:

“Na verdade, Deus e os Seus anjos abençoam o Profeta. Ó fiéis, abençoai-o e saudai-o reverentemente” (17).

Segundo Al-Hussayn, o Profeta (s.a.w.) disse o seguinte:

“O egoísta é aquele que não reza por mim, quando o meu nome é pronunciado na sua presença.” (18)

Ó Deus! Concede as Tuas graças unitivas, a Tua paz e a Tua bênção à mais nobre das Tuas criaturas, o nosso Senhor e Mestre Muhammad (s.a.w.), o oceano da Tua luz!

Ó Deus! Concede-lhe, pois, uma graça e uma saudação pela qual desfazes os nossos nós (existenciais), dissipas a nossa aflição, cumpres o nosso desígnio e terminas o nosso caminho!

NOTAS:

  1. Neste nosso artigo, utilizamos a palavra “Deus” e não a palavra Árabe “Allah”, de modo a explicarmos aos Muçulmanos e aos não-Muçulmanos que o nosso Senhor chama-se Deus em Português, Allah em Árabe e God em Inglês. é uma maneira sábia de evitar confusões, visto tratar-se sempre do mesmo e único Deus. Durante muito tempo, os Orientalistas brincaram com esta diapasão. Após o 11 de Setembro, um jornalista intitulou o seu artigo da seguinte forma: “O Deus de Jesus contra Allah dos Árabes”. Para além disso, vejamos o que escreveram os seguintes autores, Sue Grabham e Tara Benson, no livro “A enciclopédia das crianças”, edição France Loisirs, ano de 1999, página 127: “O Islão é a religião dos Muçulmanos, os quais acreditam num Deus denominado Allah, cujas palavras foram escritas por Muhammad no Alcorão. Os Muçulmanos rezam na cidade santa de Meca.”.
  2. A Suna é o conjunto dos ensinamentos do Profeta (s.a.w.).
  3. Cf.. o Alcorão, Sura do Elefante.
  4. Segundo Ibn Hicham, há que ter em conta que o calendário de Meca era lunar.
  5. Conservamos vários poemas de Aminah, bem como de outros membros da família de Abdelmouttalib (cf. Ibn Hicham).
  6. Ibn Hicham, Ibn Saad, Abou Nou’aym, Qadi Ayyad, Attirmidi e outros.
  7. Há um Hadice que se refere a isto, narrado por Muslim e Tirmidhi. Ver também Ibn Hicham.
  8. O túmulo do seu pai encontra-se em Medina, entre a tribo dos banou An-najjar, família de Abdelmottalib. Mais tarde, o Profeta (s.a.w.) recordar-se-ia que fora num local pertencente a esta tribo que ele aprendera a nadar, local esse a poucos passos da Mesquita de Qoba, a primeira Mesquita do Islão.
  9. Ibn Hicham, “A Biografia do Profeta (s.a.w.)”.
  10. Ibn Hicham, “A Biografia do Profeta (s.a.w.)”.
  11. A água de Zamzam é uma água que brota ao lado da Ka’aba, em Meca.
  12. A história da “fenda no peito” é referida por várias compilações de Hadices autênticos. Citam-se, entre outros, Boukhari e Muslim, segundo Anas Ibn Mal.
  13. Os primeiros que escreveram sobre a biografia – Sirah – do Profeta (s.a.w.) foram: Ibn-Is’haq, Ibn Hicham, Ibn Sa’d, Al-Waqidi, Ibn-Al-Kalbi, Al-Baladhuri, Ibn Bakkar e outros.
  14. A Sohba é a boa companhia e o amor daqueles que possuem o saber e a alta espiritualidade.
  15. Hadice narrado por Ahmed.
  16. Em dez anos, o Profeta (s.a.w.) edificou um Es- tado com mais de 3 milhões km², o qual legou aos seus sucessores, que em apenas quinze anos o estenderam por três continentes: Europa, África e Ásia. Este feito miraculoso não pode ser interpretado apenas pela lei da “causa e efeito”.
  17. Alcorão, Sura “Os partidos”, versículo 56.
  18. Hadice referido por Ahmed, Attirmizi e An-Nas- sa-i.
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A arte e a literatura ao serviço do Profeta (s.a.w.)

Socorrendo-se da arte, da literatura e de simpósios, os Muçulmanos defendem o Profeta (s.a.w.)
Internacional – Fonte: EFE

A “defesa do Profeta (s.a.w.)” e do Islão é o tema de vários simpósios e concursos literários lançados no mundo Islâmico após a recente difusão do filme do político Holandês, Geert Wilders, “Fitna” (sedição em Árabe).

Perante a impressão negativa no Ocidente da violenta reacção popular Muçulmana às caricaturas publicadas por jornais Dinamarqueses há dois anos, os Governos e as instituições religiosas e culturais islâmicas pretendem que desta vez a resposta seja “sensata” e “razoável”.

Embora na Indonésia centenas de manifestantes tenham atirado ovos contra a Embaixada Holandesa, e em vários outros países, como é o caso do Iémen e do Sudão, se apelar ao boicote dos produtos Dinamarqueses e Holandeses, o certo é que o apelo para a “razão” e para a “moderação” é mais forte.

Religiosos, intelectuais, jornalistas e artistas, apoiados por empresários e políticos, deram início à organização de simpósios, exposições e concursos em diferentes Estados Árabes e Islâmicos com este objectivo, evitando sempre acções ou manifestações violentas.

Reuniões deste tipo anunciam-se em países como os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, a Arábia Saudita e o Qatar, entre outros, onde a imprensa dá conta de doações para financiar as campanhas “em defesa do Profeta (s.a.w.)”, todas elas pacíficas.

“A arte e a literatura ao serviço do Profeta (s.a.w.)”, é este o tema de um imenso festival artístico que teve lugar em Abu Dhabi em finais de Abril, cujo objectivo é o de realçar as “realidades” acerca de Muhammad (s.a.w.) por meio de pinturas, de canções, curtas-metragens, fotografias e outras obras literárias.

Segundo os organizadores, a comissão organizadora do denominado “Festival do Amor” recebeu cerca de 200 obras artísticas provenientes de 28 Estados, entre eles, o Líbano, a Nigéria, o Irão, o Afeganistão, a Turquia e a Arábia Saudita.

Neste último, foram realizados vários simpósios com a participação de sábios e intelectuais, e um outro terá lugar em Riad, sob a protecção do Ministério do Interior e com o título de “a moderação e as suas consequências na vida dos Muçulmanos”.

As vozes que classificam Wilders de “extremista”, “racista” e “vinculado a círculos Judeus” são as mesmas que instam ao “diálogo” e à “sensatez” para explicar ao Ocidente o “verdadeiro Islão”.

O mais recente apelo neste sentido partiu do proeminente Xeique Egípcio residente no Qatar, Yusuf Al Qaradawi, o qual elogiou hoje, através da televisão Al Jasira, a “reacção razoável dos Muçulmanos na Holanda”, perante a difusão de “Fitna”.

“Decidiram perseguir judicialmente esse deputado (Wilders), reagiram de forma razoável e é esta a postura que o Islão aprova”, disse Qaradawi, chefe da Federação Mundial de Sábios Islâmicos.

Qaradawi desvaloriza a curta-metragem de Wilders, que vincula o Islão à violência, e elogia a postura do Governo Holandês, que “protege a colónia Muçulmana e condena o filme”.

“O filme diz que o Alcorão e o Profeta Muhammad (s.a.w.) incitam à violência e à crueldade, o que não é verdade (…); os que o viram asseguram que é ridículo e que não merece todo este aparato”, opinou.

Entretanto, a Liga do Mundo Islâmico, com sede em Jiddá, anunciou que, nos próximos três meses, procederá à criação de um Centro Cultural na capital Saudita, cuja principal tarefa será a de defender o Profeta Muhammad (s.a.w.) contra publicações que os Muçulmanos considerem ofensivas ou difamatórias.O Centro terá um orçamento calculado em seis milhões de dólares, e será semelhante a um outro criado faz dois anos no reino saudita após a publicação das caricaturas de Muhammad (s.a.w.) por parte de alguns jornais Dinamarqueses.

Fontes da Liga do Mundo Islâmico afirmam que, nos últimos dois anos, foram distribuídos 800.000 exemplares de 11 livros publicados em sete idiomas sobre “a vida e a verdadeira mensagem do Profeta (s.a.w.)” do Islão.

“A nossa religião é pelo diálogo, e as acções difamatórias significam que, no Ocidente, muitos não entendem a mensagem do Islão e a realidade do seu Profeta (s.a.w.)”, disse à Efe o Xeique Ahmad, orador de uma Mesquita de Abu Dhabi.

Esse mesmo tom conciliador foi empregue pelo rei Saudita, Abdala bin Abdelaziz, quando há uma semana atrás defendeu o diálogo entre religiosos Muçulmanos, Cristãos e Judeus.

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A dieta natural do Profeta (paz esteja com ele)

Pequeno-almoço

O Profeta (paz esteja com ele) aconselhou-nos a tomar mel.

Preparação

Dissolva uma colher de sopa de mel num copo de água (200ml) e está pronto a tomar.

Benefícios

– Desperta todo o sistema digestivo, desde a boca aos intestinos.

– Providencia o organismo com energia suficiente para as actividades diárias, fornecendo-o com sal, vitaminas e minerais.