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Caros maridos Muçulmanos – direitos das mulheres

Por Yiossuf Adamgy

Arrumaste a casa?

O jantar já está pronto?

Deste de comer às crianças?

Lavaste-me a roupa?

Dia após dia, estas são algumas das questões que as mulheres ouvem, colocadas pelos seus próprios maridos, os quais consideram que estas mais não são do que simples empregadas ou máquinas geradoras de bebés. No entanto, uma esposa não é, nem uma coisa, nem outra.

Contudo, no meio de vidas atarefadas, tanto de homens como de mulheres, muitos são os maridos que esquecem a verdadeira razão subjacente ao casamento e, consequentemente, os direitos das suas esposas.

Subsequentemente, estes homens privam-se a si mesmos, às suas companheiras e aos seus filhos da felicidade e da tranquilidade que são, afinal, a base de uma família feliz. Esta noção errónea, relativamente àquilo que é o relacionamento ideal da vida em casal, é suficientemente má para mergulhar a família numa situação repleta de dissabores e de preocupações.

Inclusive, mesmo no seio de famílias religiosas islâmicas, é possível encontrar maridos que não possuem um conhecimento adequado a respeito dos direitos das suas esposas, e nem uma percepção clara do tipo de relacionamento que se pretende existir entre um casal.

É triste e, ao mesmo tempo, desolador, ver como, por um lado, um marido Muçulmano tenta cumprir todas as ordens de Allah e, por outro, esquece-se de seguir as Suas orientações no que respeita ao modo como é suposto lidar com a sua esposa. Fora de casa, ele é amável, paciente e sorridente. Mas, assim que entra em casa, o sorriso desaparece e dá lugar a um rosto zangado e triste, a amabilidade e a delicadeza transformam-se em nervosismo e em adversidade, e ele começa a berrar e a gritar ordens à sua esposa.

Este homem esquece-se que, não obstante o facto de serem muitos os desafios e as pressões por ele enfrentados fora de casa, a sua esposa pode também estar cansada, devido às suas ocupações domésticas e às suas responsabilidades para com as crianças. Ele esquece-se que também ela necessita de descansar após um longo dia de trabalho. Apesar de ser seu o dever de trabalhar fora de casa e de sustentar a sua família, o papel desempenhado pela esposa dentro de casa não é de menor importância. Pelo contrário, o papel por ela desemprenhado é, frequentemente, de maior importância, visto ser da sua responsabilidade educar os filhos e cuidar da família e do lar.

É frequente assistirmos à seguinte cena: a esposa sente-se cansada e pede ao marido que a ajude com a limpeza da casa, a lavagem da roupa ou a confecção das refeições. Ele recusa, como se fosse indigno de um homem ajudar a esposa. Não saberá ele que o Profeta Muhammad (s.a.w.), a pessoa a quem Allah (SWT) mais amou, ajudava as suas esposas nas tarefas domésticas? Não saberá ele que Omar Ibn al-Khattab forneceu receitas culinárias a um grupo de mulheres, isto de modo a ensiná-las a cozinhar? Poderia Omar tê-las ensinado, caso ele mesmo não soubesse cozinhar?

Jamais marido algum, não obstante o muito que trabalhe, poderá estar mais ocupado do que o nosso Profeta (s.a.w.), cujo dever era o de transmitir a Mensagem do Islão. Do mesmo modo, homem algum estará mais ocupado do que Omar, que tinha a seu cargo as responsabilidades de um Califa.

Choca-me saber que existem esposas que nunca ouviram uma palavra de amor ou apreço dos maridos. Quando lhe perguntaram qual a pessoa que ele mais amava, o Profeta (s.a.w.) não hesitou em dizer o nome da sua esposa A’ichah (r.a.). Consequentemente, ele declarou expressamente que um homem não se deve envergonhar por amar a sua esposa e nem por o dizer em público.

É igualmente lamentável saber que existem maridos que não falam com as suas esposas ou que não estão com as suas famílias, alegando não disporem de tempo, devido ao trabalho ou às tarefas de da’wa (divulgar/missionar a fé Islâmica). Embora o facto de se envolverem em actividades de da’wa fora de casa revele um carácter nobre, é igualmente necessário que tanto a esposa, como os filhos, recebam a sua atenção.

Interrogo-me de quantos serão os casais que vivem juntos, sem nunca sequer terem conversado um com o outro, ou de disporem de tempo para estar juntos. E que felicidade e tranquilidade será a que sentem, com esta lacuna a separarem-nos? Quem melhor do que uma esposa para partilhar da alegria e da tristeza de um homem? Quem mais o pode encorajar a enfrentar os obstáculos da vida, com perseverança e resignação? Quem melhor do que uma esposa para ouvir e guardar os segredos de um homem? Quem melhor do que uma esposa para ajudar a renovar a fé (iman) e os objectivos a atingir? O Profeta (s.a.w.) ensinou-nos que, o me lhor de entre os homens, é aquele que melhor trata a sua esposa. Não deveríamos nós seguir o exemplo do Profeta em todas as questões da nossa vida?

O Profeta (s.a.w.) dispunha de tempo para estar com as suas esposas, conversava com elas, ria-se com elas e, inclusive, até brincava com elas. Assim sendo, porque motivo nos afastámos nós deste exemplo?

A educação de uma criança não é uma tarefa da exclusiva responsabilidade da mãe, ao contrário do que algumas pessoas pensam. Trata-se de um acto que se supõe ser da responsabilidade de ambos os pais, ou seja, partilhado por ambos. Cada qual tem um papel complementar a desempenhar relativamente à família. Sem dúvida alguma que a maior responsabilidade pertence à mãe. Contudo, o papel desempenhado pelo pai é igualmente importante e têm um efeito enorme para a estabilidade da família. As crianças necessitam da presença e da força de um pai. Necessitam dele também para lhe colocar questões relativas aos seus trabalhos de casa, para que este as ajude a memorizar parte do Alcorão e a compreenderem algo da religião. Elas têm necessidade de sentir a sua presença, pronto a apoiá-las, caso necessitem dele.

Caros irmãos e maridos muçulmanos: a vossa esposa é a vossa companheira, a vossa outra metade e a parceira que vos acompanhará durante toda a vossa vida. Ela poderá ser a vossa hassanah neste mundo e a “benção da vossa vida”, mas apenas se lhe permitirdes sê-lo. Ela é aquela que vos poderá fazer sorrir e, ao mesmo tempo, secar as lágrimas que escorrem dos vossos olhos. É-lhe possível proporcionar iman e felicidade à família, e encorajar-vos e instigar-vos a serdes pacientes e persistentes face aos desafios que tendes de enfrentar. A vossa esposa encontra-se sempre pronta a sacrificar seja o que for de modo a trazer a felicidade e a prosperidade à família.

Ninguém pode exigir que o casamento seja sempre feliz ou que nunca existam dificuldades a enfrentar. Mas, e caso a base do relacionamento seja forte e cada um dos conjugues esteja ciente dos direitos do outro, então, os obstáculos que surjam po- derão facilmente ser ultrapassados.

Não é minha intenção culpar todos os maridos pelos problemas que actualmente os casais enfrentam. Dirijo-me a um grupo específico de maridos Islâmicos: aqueles que estão mal informados e que não compreendem que uma família Muçulmana feliz e sólida pode apenas ser edificada tendo por base um forte companheirismo entre os conjuges.

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Bom-senso

É com muita tristeza que lhe participamos o falecimento de um amigo muito querido que se chamava BOM SENSO e que viveu muitos e muitos anos entre nós. Ninguém conhecia com precisão a sua idade, porque o registo no qual constava o seu nascimento foi desclassificado há muito tempo, devido à sua enorme antiguidade.

Mas lembramo-nos muito bem dele, nomeadamente, pelas suas lições de vida, como:
“O mundo pertence àqueles que se levantam cedo.”
“Não podemos esperar tudo dos outros.”
“O que me acontece pode ser também, em parte, por minha culpa…”

O BOM SENSO só vivia com leis simples e práticas como: “Não gastar mais do que se tem”; e de claros princípios como: “São os pais quem decide em definitivo.”

Acontece que o BOM SENSO principiou a perder o pé quando os pais começaram a atacar os professores que acreditavam ter feito bem o seu trabalho, querendo que as crianças aprendessem o respeito e as boas maneiras. Tomando conhecimento que um educador foi afastado por ter repreendido um aluno demasiado excitado na aula, agravou-se o seu estado de saúde.

Deteriorou-se mais ainda quando as escolas ficaram obrigadas a obter autorização para pôr um penso num dói-dói de um aluno, embora não pudessem informar os pais de outros perigos mais graves incorridos pela criança.

Enfim, o BOM SENSO perdeu a vontade de sobreviver quando constatou que os ladrões e os criminosos recebiam melhor tratamento que as suas vítimas. Também recebeu vários golpes morais e físicos, quando a Justiça decidiu que era reprovável defendermo-nos de um gatuno na nossa própria casa, enquanto a este último é dada a possibilidade de se queixar por agressão e atentado à integridade física…

O BOM SENSO perdeu definitivamente toda a confiança e vontade de viver quando soube que uma mulher, que não alcançou que uma chávena de café quente pode queimar e que desajeitadamente deixou derramar algumas gotas sobre uma perna, recebendo por isso uma colossal indemnização do fabricante da cafeteira eléctrica.

E, como certamente saberá, a morte do BOM SENSO foi precedida pelo falecimento:

– dos seus pais, VERDADE e CONFIANÇA;
– da sua mulher, DISCRIÇÃO;
– da sua filha, RESPONSABILIDADE, e do filho, RAZÃO.

BOM SENSO deixa o seu lugar plenamente a três falsos irmãos:

– “Eu conheço os meus direitos e também os adquiridos”;
– “A culpa não é minha”;
– “Sou uma vítima da sociedade”.

Claro que não haverá uma multidão no seu enterro, porque já não existem muitas pessoas que o conheçam bem, e poucos se darão conta que ele partiu…

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O Islão e os Muçulmanos

O nome desta religião é ISLãO ou ISLAMISMO, que deriva da palavra arábica “Silm” / “Salam”, cujo significado é paz. “Salam” pode também significar “saudar-se reciprocamente com paz”. Significa mais do que isso – submissão a Um só Deus, e viver em paz com o Criador, consigo mesmo, com outras pessoas e com o ambiente. Desta forma, o Islão é um sistema de vida completo.

Um Muçulmano deve viver em paz e harmonia com todos; por conseguinte, um Muçulmano é qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, cuja obediência, dedicação e lealdade são exclusivamente para Deus, o Senhor do Universo

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Bem-vindo sejas, ó mês do Muharram

Com uma torrente de lágrimas caindo dos meus olhos,
Recebo-te a ti, ó mês do Muharram.

Ao trazeres um Novo Ano ao Calendário Islâmico,
Enches os corações de dor e pesar;
Pois trazes à memória um sofrimento sem igual,
Que nos concede a esperança de um amanhã melhor.

Com uma tempestade de orgulho a agitar a minha alma,
Recebo-te a ti, ó mês do Muharram.

Cravada no teu nome está a glória da minha fé,
Ocultos nos teus dias estão os lamentos e mágoas;
Ao teu colo está a balança da verdade,
Que aparta os amigos dos adversários.

Com um oceano de piedade, entre arrepios delirantes,
Recebo-te a ti, ó mês do Muharram.

Testemunhaste a jornada da família do Profeta (s.a.w.),
Que enfrentou a morte, a angústia e a agonia por Allah.;
Os brutais ataques que enfrentaram não fizeram vacilar
As verdades eternas que preservaram na História.

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O início da transmissão das ciências e cultura Arábico-Islâmica

O Ínicio da Transmissão das Ciências e Cultura Arábico-Islâmica As Ciências e Cultura Arábico-Islâmica foram transmitidas à Europa principalmente através da imigração dos Moçárabes para outros locais da Europa; através de contacto comercial, e dos caminhos percorridos entre o Norte e o Sul da Europa, bem como entre o Oriente e o Ocidente; mediante as visitas diplomáticas entre os reis Germanos e Franceses, assim como através do domínio Muçulmano na Península Ibérica; através das traduções de livros e manuscritos; mediante os estudantes europeus que frequentavam as Universidades Muçulmanas em Espanha; e também através dos Judeus e dos Cruzados. Por estas evidências, podemos afirmar que as traduções levadas a cabo, de manuscritos e livros arábico-islâmicos, foram de uma extrema importância para o processo de transmissão das Ciências e Cultura Islâmica aos Europeus.

No que respeita ao exacto momento do início deste processo de transmissão, parece-nos existir um certo desentendimento no seio dos estudiosos desta temática. Alguns afirmam que a influência Muçulmana ter-se-á iniciado na Europa somente a partir do século XII, mas a descoberta de um testemunho do século X (984 da era Cristã) exige a reabertura desta questão. Num artigo intitulado “A Introdução da Ciência Muçulmana na Lorraine no século X”, de J. W. Thompson, verificamos que o autor tenta demonstrar dois pontos.

  1. O percurso intelectual existente entre a Espanha e a Europa, além-Pirineus, que era tão antiga quanto o Império Romano, nunca foi verdadeiramente encerrado.
  2. A Ciência Muçulmana foi introduzida nas escolas da Lorraine (na Alemanha) e foi aí desenvolvida muito antes de Gerbert.

Gerbert, ao que se sabe, foi um dos mais iluminados estudiosos europeus da 2ª. metade do século X, tendo-se dedicado ao estudo das matemáticas, astronomia, física, bem como outras ciências, sob o domínio Muçulmano na Espanha. Posteriormente Gerbert viria a ser Papa sob o nome de Silvestre II, no ano 999 da era Cristã. É interessante sublinhar o facto de que, no seu percurso de regresso da Andaluzia, Gerbert fundou escolas tanto em França, como na Alemanha. Falava a língua arábica tão fluentemente como qualquer árabe letrado o faria; com a ajuda de um globo regressou de Córdova e ensinou astronomia e geografia a centenas de estudantes, que a ele recorriam à procura de conhecimento.

Encorajou a utilização dos números árabes (que hoje são utilizados no mundo ocidental) que, gradualmente, substituiram o impróprio sistema numérico romano, na Europa. Alguns dos seus comentários e actos demonstram bem quão profundamente Gerbert se encontrava influenciado pelo ensinamento dos Muçulmanos.

Quando se tornou Papa, Gerbert costumava dizer: “Ninguém em Roma é suficientemente letrado para ser um Guardião”. Ele estremecia perante os pecados abomináveis, crimes e subornos dos Papas, e exclamava: “São estes pecadores ignorantes merecedores de adoração dos povos, como o vigário de Deus”?( 1 ) No entanto, Thompson demonstra que a relação intelectual entre a Espanha e a Gália (França) continuou durante os séculos VI, VII e VIII, reportando-se a três dos mais antigos manuscritos da Vulgata. No século IX, Thompson refere o facto de, durante o reinado de Luís, o Pio (814-840), o Império Franco ter grandes interesses na Espanha, e existe mesmo uma referência de um certo Martin de Toledo, cujas “notas conferenciais” detinham uma influência considerável, bem como popularidade, nas escolas da Gália, durante o século IX.

Há, igualmente, uma menção à troca de Embaixadores entre os Califas de Córdova e Carlos, o Calvo (840-877), de França, bem como à influência deste facto na própria França. Todavia, parece que as relações culturais entre a Espanha e a França não se desenvolveram a um tão alto nível, como aconteceu com a influência que as Ciências Muçulmanas tiveram na Alemanha Saxónica, durante os séculos X e XI. Contudo, ideias da Cultura e Ciências Muçulmanas devem ter seguido os caminhos comerciais, bem como os da correspondência entre a França e outras partes da Europa, uma vez que existiam relações comerciais entre o Império Franco e a Espanha Muçulmana.

Durante o reinado de Oto I da Germânia (936-973), um monge de nome John of Gorze foi enviado, em 953, para a Espanha Muçulmana, como Embaixador. Thompson menciona o facto de que, quando John of Gorze regressou à Germânia, após uma estadia de quase 3 anos na Espanha Muçulmana, ele deve ter levado alguns manuscritos Muçulmanos de natureza científica, pois que ele se interessava, profundamente, pela matemática e astronomia, à semelhança do que ele levou, de manuscritos deste género, do Sul da Itália. Pode ser que tenha sido através de John of Gorze ou de outros como ele, incluindo o próprio Gerbert, que estudaram na Espanha Muçulmana naquela época que descobrimos o uso do tipo de astrolábio Árabe, assim como do ábaco, entre os astrónomos e matemáticos na Lorraine, durante o séc. XI. No fim do artigo, Thompson afirma:

“Estou convencido que as escolas da Lorraine, durante a última metade do século X, foram as “sementes” da Ciência Muçulmana, germinadas em primeiro lugar na Europa Latina, a partir da qual o conhecimento se expandiu a outras partes da Germânia (testemunha disso foi Herman Contractus, em Reichenau), a França, até a Inglaterra”.

Num outro artigo similar, intitulado “Lotarínguia como um Centro Árabe de Influência Científica durante o século XI”, M. C. Welborn escreve que “somente alguns dos muitos clérigos da Lotarínguia (Lorraine), que estiveram em Inglaterra no século XI, foram realmentemencionados, sendo importante sublinhar o facto de todos eles se terem interessado pelas matemáticas e astronomia.” E acrescenta “que os sábios da Lotarínguia ficaram muito populares na Inglaterra, e eram apontados como arcebispos, bisbos e mestres de escolas”. Welborn conclui o seu artigo dizendo: “Desta forma, verificamos que a Inglaterra e a Suiça (Reichenau) foram fortemente influenciadas pelos matemáticos e astrónomos da Lotarín- guia, e que a primeira “sugestão” da “Ciência Muçulmana”, veio deles”.

Podemos perguntar: como é que foi tal possível se as Ciências Muçulmanas foram introduzidas na Lorraine no século X, tendo-se esta tornado num Centro da Influência Científica Arábico-Islâmica no século XI? Devem-se ter efectuado traduções de alguns manuscritos Arábico-Islâmicos, provavelmente de John of Gorze e de outros, de forma a que a Lorraine se pudesse transformar num Centro de influência da Ciência Arábico-Islâmica, nessa época.

No entanto, o que sabemos com absoluta certeza é que muitos sábios europeus, incluindo John of Gorze, Gelbert de Aurillac e Pedro, o Venerável, foram até à Espanha Muçulmana com o intuito de estudar as Ciências e, desta forma, a Lorraine tornou-se, provavelmente, num Centro de influência da Ciência Arábico-Islâmica, no século XI. Por conseguinte, foi devido a essa influência que a curiosidade dos intelectuais na Europa foi despertada no século XI, sendo esta uma das razões porque verificamos que sábios, provenientes de todos os cantos da Europa, tais como Abelard of Bath, Robert of Chester, Plato of Tivoli, Hermann of Corinthia, Rudolf of Bruges, Gerard of Cremona e outros, afluíam à Espanha no século XII, sobretudo para estudar as Ciências, bem como para as traduzir em Latim, Hebraico e outras línguas. Este facto teve como consequência imediata a formação da famosa “Escola de Tradutores de Toledo”, que era muito similar à “Bait al-Hikmah” (A Casa da Sapiência) de Bagdad, oficializada durante o período Abássida, acima de tudo para traduzir as Ciências Gregas em Árabe.

  1. A. Oadir, in Islamic Civilization in Europe.
  2. J. W. Thompson, in Economic and Social History of the Middle Ages.